Lembranças




sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma coisa bela aconteceu, quando eu era uma criança. Eu me lembro bem. Estávamos todos no quarto, quando uma borboleta entrou voando levemente. Acho que estávamos deitados na cama e contemplávamos o voo incerto do único inseto que minha mãe gosta. Mas a coisa bela que estou tentando descrever aconteceu quando a minha mãe estendeu as mãos no ar chamando a borboletinha e incrivelmente ela veio e pousou, como se pousa em uma flor. Fiquei ou ficamos admirados. O quarto então adquiriu novas cores de sol e a mãe se transfigurou numa heroína/bruxa/fada/santa/mística ao mesmo tempo. Foi tudo num instante e depois a mãe mandou a borboleta voar e ela se foi.

Ainda hoje acredito que o dom é genético e de vez em quando, quando vejo alguma borboleta voando, eu estendo as mãos desejando que ela pouse e me faça sentir a mágica daquele instante que passou, mas também ficou…

4 comentários:

Rosário on: 1 de maio de 2010 às 11:21 disse...

Adorei a transfiguração. Mães têm mesmo o dom de se transformarem nisso tudo e em muito mais,agora,poucas são as que deixam lembranças desse tipo. Ela precisa ser especial e o filho mais especial ainda por fazer desse instante uma lembrança mágica "que passou, mas também ficou..."

E viva o Dia das Mães \o/!

xD

martaluzgonçalves on: 7 de maio de 2010 às 20:15 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
martaluzgonçalves on: 7 de maio de 2010 às 20:20 disse...

Nem quando você nasceu senti tanta emoção como hoje senti ao ler este poema que voce descreveu muito bem. realmente é uma bela transfiguração e tudo isso é verdade. Mãe tem dons mesmo.
mas também são poucas que deixam lembranças que passam e ficam. te amo!

Fdcc on: 14 de maio de 2010 às 10:24 disse...

meu irmão... realmente Mãe tem uma certa mágia que ninguém consegue explicar...acho que é por isso que o AMOR de Deus é semelhante aos das nossas mães... realmente não tem explicação... simplesmente ele vem, conquista, marca (deixa lembraça) e nos inspira para que um dia possamos fazer o mesmo, ou seja, transmitir este amor que não tem explicação... parabéns pela poesia...

 

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