Quando subitamente partires para Saturno,
deixe-me algo.
Deixe-me o mais fino anel ou, talvez,
a esperança de vida em Europa ou Titã,
mesmo que minúscula, mas vida.
Quando alçares vôo no espaço infinito,
ouça o silencioso cântico da vida,
da luz que perpassa a sua viagem, sua trajetória
ou o hino dos hinos das constelações,
das estrelas que nascem, das que também morrem, mas geram.
Quando avistares Marte,
lembre-se que podemos nos nutrir de ilusões acerca da vida possível,
mas que também, muitas vezes, a ignorância,
no belo sentido da palavra, como dizia o mestre,
é o alicerce de sonhos infantis construídos em castelos de areia.
Quando passares pelo Cinturão,
você poderá pensar no vestígio de planeta,
na idéia de que algo que ainda não conhecemos o porquê
pode destruir, destroçar a flor que viceja.
Em Júpiter, perceba que a grandeza é fluida,
e que tudo que se fundamenta no domínio não tem sentido, não tem superfície.
Sempre se dissolverá pelo ar.
E chegando e pousando, experimente uma vez apenas,
ao longo de toda a jornada, olhar para trás
e tente avistar um pontinho azul que gravita bem longe,
mas estranhamente perto
e sinta algo que não sei o que, que não sei propor,
mas sinta e lembre de tudo que passou.
E crie, com primor de beleza, um enorme círculo.
Assim, um maravilhoso anel estará ao seu redor,
te lembrando de não esquecer da vida vivida em terras distantes,
mas com o cheiro de rosas que brotam somente em teu jardim secreto,
onde nenhum olho impuro pode perscrutar...
E tenha fé que um dia tudo será um.
Que o um será tudo.
Que acordaremos repentinamente, como foi a tua viagem,
e, espasmados, descobriremos que estávamos unidos por pequenas teias de aranha,
que não as víamos antes, porque não usávamos bem nossos olhos.
E assim saberemos que a distância foi uma invenção de muito mau gosto,
que a distância não existe para quem eleva seu pensamento para além das estrelas.
deixe-me algo.
Deixe-me o mais fino anel ou, talvez,
a esperança de vida em Europa ou Titã,
mesmo que minúscula, mas vida.
Quando alçares vôo no espaço infinito,
ouça o silencioso cântico da vida,
da luz que perpassa a sua viagem, sua trajetória
ou o hino dos hinos das constelações,
das estrelas que nascem, das que também morrem, mas geram.
Quando avistares Marte,
lembre-se que podemos nos nutrir de ilusões acerca da vida possível,
mas que também, muitas vezes, a ignorância,
no belo sentido da palavra, como dizia o mestre,
é o alicerce de sonhos infantis construídos em castelos de areia.
Quando passares pelo Cinturão,
você poderá pensar no vestígio de planeta,
na idéia de que algo que ainda não conhecemos o porquê
pode destruir, destroçar a flor que viceja.
Em Júpiter, perceba que a grandeza é fluida,
e que tudo que se fundamenta no domínio não tem sentido, não tem superfície.
Sempre se dissolverá pelo ar.
E chegando e pousando, experimente uma vez apenas,
ao longo de toda a jornada, olhar para trás
e tente avistar um pontinho azul que gravita bem longe,
mas estranhamente perto
e sinta algo que não sei o que, que não sei propor,
mas sinta e lembre de tudo que passou.
E crie, com primor de beleza, um enorme círculo.
Assim, um maravilhoso anel estará ao seu redor,
te lembrando de não esquecer da vida vivida em terras distantes,
mas com o cheiro de rosas que brotam somente em teu jardim secreto,
onde nenhum olho impuro pode perscrutar...
E tenha fé que um dia tudo será um.
Que o um será tudo.
Que acordaremos repentinamente, como foi a tua viagem,
e, espasmados, descobriremos que estávamos unidos por pequenas teias de aranha,
que não as víamos antes, porque não usávamos bem nossos olhos.
E assim saberemos que a distância foi uma invenção de muito mau gosto,
que a distância não existe para quem eleva seu pensamento para além das estrelas.
Poema dedicado a um grande amigo: Edson Saturnino F. Pereira, que não vejo a um bom tempo.
11 comentários:
CA-ram-ba!!!
muito lindooooooo!!! Adorei cada palavra!!
aff!! Tô boba! DEsculpe! srsr
bjs da Ká!!
sucesso!
www.karynemlira.com
Bacana... Interessante.. Criativo... Acima de tudo...
Muito bonito mesmo!
Criatividade não te falta!
Abração forte!
Kemp
Muito legal seu poema,tem a ver com um momento da minha vida tambem.Beijos.
lindoo, lindo, lindo :D
Lindo demais!!!! sua sensibilidade é demais, ainda vou tatuar Saturno em mim.
Muito bom... a sensação de distância pode ser uma das mais cruéis....
mas as vezes cria coisas belas.. como esse poema!
Achei bonito o texto.
www.diegotavareli.blogspot.com
Rapaz
Quanta poesia aqui :)
Adorei, muito intenso tudo.. O poema 'Meu fim' ficou como meu favorito.
=*
http://lirismopolaroid.blogger.com.br
simplesmente poesia...
seus poemas são provocantes...
Grande abraço!
http://edivivapoesia.blogspot.com
Muito lindo Jonhatan!!!
Especialmente hoje, que estou com muitas saudades de uma pessoa muito especial...
Esta última estrofe, então...
Deus o abençoe...
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