A flor




quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Sobre os escombros,
sobre a floresta derrubada,
sobre o solo empoeirado,
sobre pedras e sangue,
sobre os corpos desalmados
nasce uma flor.
Frágil, delicada.
A afirmação da contradição.
Flor de Lótus?
Flor de Lis?
A rosa do B-612?
O lírio do campo que é mais belo do que todos os aparatos reais
que hoje floresce e amanhã nada é?
Nasce uma flor sobre o caos.
Nasce uma flor.
Isso é tudo.Tudo é a flor.
Em delírio, em êxtase perante o espetáculo germinativo,
grito engasgado de emoção: “A flor vencerá o canhão!”
Todos me olham fingindo não olhar
e, voltando à patológica indiferença, seguem pela rua movimentada.

2 comentários:

Vanessa on: 2 de agosto de 2007 às 07:14 disse...

ah, muito bonito...me lembrou até aquela imagem das pessoas com flores para os soldados...sério, acabei visualizando isso....


(www.pollyok2.zip.net)

André Cendon on: 2 de agosto de 2007 às 07:23 disse...

Bonito é, mas eu não consigo entender porra nenhuma disso... jakjakjakajk... ficava puta quando minha professora de português mandava explicar poema... jakjakajk

 

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