Memórias de um tempo perdido…




sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Memórias de um tempo perdido…
Sol pela manhã
Café com leite
Escola e universos cintilantes
Jogos infantis com os irmãos
Simpatias encontradas em um livro de capa cinza
Arroz, feijão, bife e bata frita
Tudo junto no mesmo prato.

Sonhos prateados numa tarde nublada.
Tentativas inúteis de andar de skate
Ruas empoeiradas
Casa
Banho frio.

A mãe canta ao som do violão afinadíssimo
Canções antigas que hoje aprendi amar
E a chuva que cai lá fora
Com seus trovões na noite escura
Atrapalham a gravação das canções
Nas fitas k-7 que se perderam depois da enésima mudança
Sono
E na cama durmo com carinha de anjo- dizia a mãe-
Sem culpa, sem grandes projetos e ambições
Somente viver no outro dia
Viver

Simplesmente viver.

3 comentários:

Galatea on: 7 de agosto de 2010 às 19:56 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Galatea on: 7 de agosto de 2010 às 19:57 disse...

Muitos tempos perdidos. É no plural, mesmo. Vou explicar.

O poema me fez pensar na experiência do passado, em quando era criança e na adolescência.

Me sentia tão preocupada com certas coisas naquela época...coisas fúteis na maior parte do tempo. Hoje, as inquietações são muito diferentes.

Acho que quando se pensa muito na infância é sinal de que se aproxima a época de ter filhos,rs!

Rosário on: 11 de agosto de 2010 às 09:17 disse...

A temática da infância na Literatura Brasileira começou a ser incorporada 1922 com o surgimento do Modernismo, refletindo na forma de pensar do povo brasileiro, pois antes deste movimento a literatura tinha forte influência européia que neutralizava os traços nacionais. Um poeta que adota essa temática é o Manoel Bandeira, evocando constantemente a infância em sua poesia.

Vejo nessa composição, verdade, alma límpida, serena e um passado lúdico feliz. Não me canso de te eleger meu poeta preferido e o meu instinto materno diz que a sua mãe ainda te acha com carinha de anjo, apesar das marcas do tempo...kk

:p

 

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