Tudo está tão calmo.
Monotonamente calmo.
Tudo está tão parado.
Tudo está tão quieto.
Tudo está tão comum.
Tudo está tão igual.
Tudo está tão velho.
Tudo está tão escuro.
Assustadoramente escuro.
Aqui está tão vazio
e eu nada faço.
Eu sou o vazio.
Lá fora o sol brilha.
Aqui dentro: as trevas.
Lá fora todos correm.
Aqui dentro: a mordaça.
Lá fora é tão azul.
Aqui: o cinza.
Lá fora todos riem.
Aqui todos choram.
Por dentro, mas choram (todos)
Hoje, novamente, mais uma vez, de novo...
o de sempre se cumpriu.
Há tanta coisa pra fazer
lá fora
e eu,
pendurado na janela
estou a contemplar o flamboyant.
Monotonamente calmo.
Tudo está tão parado.
Tudo está tão quieto.
Tudo está tão comum.
Tudo está tão igual.
Tudo está tão velho.
Tudo está tão escuro.
Assustadoramente escuro.
Aqui está tão vazio
e eu nada faço.
Eu sou o vazio.
Lá fora o sol brilha.
Aqui dentro: as trevas.
Lá fora todos correm.
Aqui dentro: a mordaça.
Lá fora é tão azul.
Aqui: o cinza.
Lá fora todos riem.
Aqui todos choram.
Por dentro, mas choram (todos)
Hoje, novamente, mais uma vez, de novo...
o de sempre se cumpriu.
Há tanta coisa pra fazer
lá fora
e eu,
pendurado na janela
estou a contemplar o flamboyant.
4 comentários:
Nunca vi um flanboyant assim... o.o'
Seu poema me lembrou Legião Urbana. Gostei.
O poema e o retrato se complementam com sutileza. E há delicadeza ao falar da dor em cada verso. Lindo. Sutilmente lindo!
nossa.. o contraste gritante entre o dentro/fora, trevas/luz me fascinou.. lembrou-me uma fase que vivi depois de visitar um cemitério.. me pareceu muito melancólico (*3*) mas quando falou sobre objeto do seu olhar, tive a impressão de que as trevas transformaram-se em luz
bem legal os poemas do seu blog, esse foi um dos que gostei mais
Postar um comentário