Eterna busca




domingo, 2 de setembro de 2007
Diana, caçando se caçava.
O que ela caçava era sombra.
E quando pensava alcançá-la,
Ela escapava.
A cada passo que dava
Mais dez passos ela se afastava.
A distância maior se tornava
E a busca nunca acabava.

Diana, caçando se caçava.
Pena, ela nunca se capturava.
Ainda vejo seu rastro pelas matas.
Passos firmes em busca de nada?
A busca, eterna se tornava,
Estranho,
Por que Diana não desanimava?

5 comentários:

Alle Nascimento on: 2 de setembro de 2007 às 06:06 disse...

Gosto, da metrica, admiro que se expressa assim. ! Belissimo poema...

Antonoly Maia on: 2 de setembro de 2007 às 15:43 disse...

A vida é uma eterna busca, o importante é nunca desistir.
Um abraço e apreciei esse poema!
www.horasvagas.wordpress.com

Danilo Moreira on: 2 de setembro de 2007 às 17:05 disse...

O bom da vida está justamente nessa busca. É um incentivo enorme.

Belos poemas.

Abraço!!!

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http://emlinhas.blogspot.com/

EM LINHAS...
Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divã.

Novo texto: Delírio nº3
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Valdemar Neto on: 3 de setembro de 2007 às 07:02 disse...

Fantástico *3*
O poema mostra muito bem o quanto a nossa natureza é furtiva à nós mesmos...
Nem sempre adotamos a iniciativa de Diana. Na maioria das fezes fazemos de conta que nem existimos, é como se ignorássemos a nós mesmos... seria o medo acabar como Diana, buscando infinitamente sua sombra?

Rosário on: 21 de outubro de 2007 às 09:33 disse...

Diana não se capturava nunca porque a sombra de sua busca é a sempre busca de sua sombra. Busca do óbvio, que muitas vezes não é tão óbvio – se é que o mesmo existe – da verdade que nos é fugitiva, do amor que não se tem e que esperamos possuir, ou que achamos possuir, mas não o temos, do sentido da vida, da morte, da realidade, da felicidade...
A vida não tem sentido se não existir a busca, somos seres sedentos, e talvez Diana não saiba definir o tipo de sede que a impulsiona a buscar. E nem quer saber dessa definição a qual iria limitá-la.
É uma busca estranha, porém fascinante. Diana nunca desanima porque existe um caráter de eternidade nessa busca e, enquanto eterna só terminará com seu aniquilamento enquanto busca (fim). Mas, mesmo optando pela não-busca, a sombra da busca lhe conduz fugitivamente à ela (busca).
“Diana caçando se caçava” (ela própria era a caça). Que contradição fofa!!! rsrs. O que interessa é continuar a busca. Pela sombra? Pela sombra e em sua companhia, mesmo sabendo que nunca irá alcança-la. Diana não desanimava porque acreditava um dia alcançar sua sombra como acreditamos alcançar a utopia. Dessa forma, sejamos todos caça e caçadore(a)s de nós mesmos. Sejamos Diana e creiamos alcançar o inalcançável.

 

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