Idade madura




segunda-feira, 20 de agosto de 2007
De repente, percebemos que as coisas
não são como pensávamos.
Percebemos que a mamãe não é uma heroína ou uma santa que idealizávamos.
Que ela erra, mente, peca.
Percebemos que podemos sorrir quando não desejamos.
Percebemos que podemos abraçar pessoas que odiamos.
Percebemos que aquela pureza de outrora
desapareceu depois de algumas idas e vindas pelo mundo.
Percebemos que o mundo não começa em nós,
Que não somos o centro do universo.
Percebemos que falar na primeira pessoa do plural é mais fácil,
pois escamoteia alguns sentimentos de um eu escondido na coletividade
falsa e alegremente imaginada por todos para isso mesmo.
Percebemos a dor do semelhante,
o choro de uma criança,
o olhar envelhecido da mesma mamãe,
a dor indolor do tempo,
e o sentimento de que de agora em diante
carregamos o mundo nas costas.

4 comentários:

Danilo Moreira on: 20 de agosto de 2007 às 07:37 disse...

Blz? Mto legal o seu blog kra...

Quando a gente é pequeno, a gente vive querendo crescer, dai os adultos falam que o melhor é ser criança. Quando vc cresce e vê como é o mundo e a sua realidade, é nesse momento que vc entende muito bem o que eles quiseram dizer, e então inverte-se o papel, vc quer voltar a ser criança...rs

Abraços!!!!!

-----------------------------------
http://emlinhas.blogspot.com/

EM LINHAS...
Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divã.

Novo texto: Delírio nº2
-----------------------------------

Arthurius Maximus on: 20 de agosto de 2007 às 09:32 disse...

Belo post. Cheio de emoção e lembraças.
Mas é isso mesmo, conforme envelhecemos e amadurecemos, descobrimos que o mundo não é como sonhávamos. Mas que coisas boas também existem.

Anônimo on: 20 de agosto de 2007 às 09:52 disse...

apartir dos 40 anos
ficamos 'velhos'
até lá
somos crianças :)

Anônimo on: 21 de agosto de 2007 às 10:38 disse...

Perdemos a inoc�ncia.

Foi era pra mim ter comentado na comunidade, mas n�o tinha dado tempo.

 

Pesquisar este blog

Powered By Blogger

Copyright © 2015 • Poemas ao vento
Blogger Templates