Falta de inspiração




quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Quando acaba a inspiração o que fazer?
Parar e refletir?
Fingir ter dor que deveras sente?
Falar de dor de cotovelo, da falta de dinheiro?
Segundo o Poeta, isso não é poesia.
Mas quem define o que é poesia?
Quando não tenho inspiração
Decido escrever sobre a falta da mesma.
E encontro o ouro do arco-íris.
E descubro que a falta também é presença.

3 comentários:

Anônimo on: 12 de agosto de 2007 às 09:07 disse...

nossaH
q inspiraçao...
amo
seus poemas
bjss

Rosário on: 15 de agosto de 2007 às 19:35 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rosário on: 15 de agosto de 2007 às 19:41 disse...

O que falar sobre Falta de inspiração? Fiquei com os olhos marejados ao lê-lo. Normal, para quem tem o coração mole como eu, porém, algo mais me fez sentir assim, e foi o fato de adentrar no poema e sentir uma co-pertença.
É como se eu fosse a autora do mesmo, rsrsr. Me vi sendo o que não sou (poetisa) e me envolvi no que tu és (poeta), pois vivenciei as suas palavras da mesma forma a qual estivesse saído da minha boca. Assim como, a sua explanação da falta configurando-se em uma presença, fosse a minha conclusão sentida e ritmada pelas suas milimétricas linhas – onde tão bem sabe dar vida.
Você me fez sentir o que não sou. Ou será que sou? Fico a me questionar e isso é magnífico, pois me encontro na dúvida. E quer coisa melhor para o ser humano não ter a certeza? Michel de Montaigne já dissera: “Quem procura alguma coisa acaba por declarar, ou que a encontrou ou que não a pôde descobrir, ou que continua a busca”. Somos inaptos a conhecer plenamente as razões do que ocorre conosco. A única certeza que temos é a da incerteza.
De fato, o ouro do arco-íris foi descoberto, a falta se faz presença. Ao meu reles ver, para um poeta, a falta de inspiração já é uma espécie de prenúncio da inspiração ou se não a própria. É meio paradoxal, mas é no paradoxal que descortinamos um mundo de possibilidades ditas impossíveis, e, nesse imenso mundo de ser possíveis só me vi em uma possibilidade, mesmo que remota, porém infinitamente sentida, a de poetisa.
Abraço no seu coração!

 

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